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No Dia Nacional da Ciência, FEC homenageia cientistas que ajudam a descobrir mais sobre a Amazônia
Por Lucas Eduardo Araújo Silva
Em 9 de julho de 2023

No dia 8 de julho, quando é comemorado o Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, a FEC agradece a todos os cientistas brasileiros e estrangeiros parceiros da fundação na produção científica sobre a fauna, flora, clima e recursos hídricos da Amazônia de Mato Grosso.

Ao longo dos 24 anos de atuação da FEC em Alta Floresta, foram realizadas mais de 40 pesquisas científicas nas Reservas Particulares de Patrimônio Natural – RPPNs Cristalino e no Parque Estadual do Cristalino.

RPPN Cristalino – Foto: Marcos Amend

As RPPNs Cristalino, situada no sul da Amazônia (MT) são destinadas para fins de pesquisa, educação ambiental e visitação controlada. São regidas pela Fundação Ecológica Cristalino (FEC), situada no município de Alta Floresta. No entorno das reservas, outras terras estão sendo protegidas pelos proprietários, são elas: Ilha Ariosto com 536 hectares de mata nativa no Rio Teles Pires e a Fazenda Cristalino com 3.701 hectares, totalizando assim, cerca de 11.400 hectares de florestas protegidas.

“É uma área pequena se compararmos com as proporções continentais deste rico Bioma. Porém, estão localizadas em uma região que sofre com o desmatamento decorrente do avanço da fronteira agrícola. A FEC desenvolve, apoia e incentiva a realização de pesquisas científicas nas RPPNs Cristalino, visando aumentar o conhecimento desta região, visando a conservação e preservação da sua biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos que a floresta fornece”, ressalta Lucas Eduardo Araújo Silva, biólogo, Doutor em Zoologia (evolução e biodiversidade) pós em Direito Ambiental e coordenador da FEC.

Coordenador da FEC, Lucas Eduardo Araújo, no projeto Looking For Jaguar

 

A bióloga e doutora em Aquicultura, professora de Ecologia da Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT, Solange Arrolho é uma das pesquisadoras que atua nas RPPNs Cristalino em parceria com a Fundação Ecológica Cristalino. Ela explica que a região do Parque Estadual Cristalino protege 1% das espécies ameaçadas de extinção no Brasil e 0,15% das espécies ameaçadas globalmente (GBIF.org, 2023). “Mas o que isso significa? Quando se fala em Amazônia, a primeira imagem que vem na memória se refere à presença de grandes florestas e grandes rios, povoados por uma enorme diversidade de espécies, muitas das quais ainda desconhecidas pela ciência. Temos que pensar que essa região tem importância econômica, ecológica e social de grande relevância para a nossa e futuras gerações. Portanto, conservá-la é demonstrar que usamos nossa preocupação com o outro”.

A região das RPPNs e do Parque Estadual Cristalino é um reduto de espécies ameaçadas, tais como a castanheira (Bertholletia excelsa), a onça-pintada (Panthera onca), o tracajá (Podocnemis unifilis) e o jacamim-de-costas-marrons (Psophia dextralis), além de ser lar para mais de sete espécies de primatas, incluindo o endêmico e ameaçado macaco-de-cara-branca (Ateles marginatus), espécie -símbolo do Parque Estadual Cristalino. Outros habitantes da floresta incluem o tatu-canastra (Priodontes maximus), a ariranha (Pteronura brasiliensis), diferentes espécies de sapos e serpentes e mais de mil espécies de borboletas. Quase um terço de todas as aves brasileiras, de um total de 1.971 espécies – incluindo o gavião-real (Harpia harpyja), uirapurus, araras, papagaios e tucanos – podem ser observados dentro e nos arredores da reserva.

Projeto “Ecologia e Conservação do macaco-aranha-de-cara-branca (UFMT/Unemat/ IE e Unemat)

As RPPNs possuem rígidas normas a respeito do uso da área  e proíbe atividades como mineração, desmatamento e caça e pesca predatória. É permitida a prática de turismo responsável com facilidades turísticas de mínimo impacto, como torres de observação, mirantes e trilhas.

Com ajuda dos cientistas o desenvolvimento científico sobre a Amazônia não para nunca!

Nosso agradecimento especial aos produtores de ciência que garantem conhecimento sobre a Amazônia, em especial no norte de Mato Grosso, região do Arco do Desmatamento.

 

 

Projeto Fungus

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Texto: Josana Salles Abucarma – Assessora de Comunicação da FEC

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