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Sementes e frutos das RPPNs Cristalino serão inclusos na coleção do Laboratório de Sementes da UFMT
Por Lucas Eduardo Araújo Silva
Em 20 de novembro de 2023
Uma semente do tamanho de um grão de areia que germina e se torna uma árvore de flores brancas e frutos cobiçados por muitos mamíferos.
A pequenina semente foi encontrada por pesquisadores do Laboratório de Sementes Nativas do Instituto de Biociências da Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT que participaram da primeira expedição do projeto “Flora das RPPNs Cristalino”, realizada em novembro deste ano.
A semente é da planta conhecida como goiaba-de-anta (Bellucia grossularioides), da família Melastomataceae. Pode ser encontrada no Cerrado e na Amazônia e faz parte da alimentação de primatas, cutia, anta, entre outros.
Quem comemorou o achado foi a bióloga e professora do Departamento de Botânica e Ecologia da UFMT, Patrícia Carla de Oliveira, que fez parte da equipe de cientistas que está estudando a flora das reservas particulares de patrimônio natural – RPPN Cristalino, no norte de Mato Grosso.
Ao todo foram colhidas 43 amostras de sementes e frutos de plantas amazônicas.
A pesquisadora diz que essa é hoje a menor semente que fará parte da coleção do Laboratório de Sementes Nativas da UFMT.
“Boa parte da coleção de sementes até então é formado por sementes de plantas do cerrado e do Pantanal. Com a participação no projeto “Flora das RPPNs Cristalino” teremos oportunidade de enriquecer os estudos sobre o bioma amazônico”
Os estudos de sementes e frutos buscam avaliar as necessidades de cada planta e o que elas suportam em suas mais diversas fases para sobreviverem no ambiente. As pesquisas são indispensáveis em uma região que abriga as maiores naturezas do mundo – maior floresta tropical do planeta, o maior banco genético e a maior bacia hidrográfica.
No Laboratório de Sementes Nativas da UFMT são conduzidas pesquisas sobre sementes nativas e plântulas de espécies do Pantanal, Cerrado e Amazônia, abrangendo desde a caracterização das unidades biológicas, identificação de limites de tolerância a condições adversas, previsões acerca da sobrevivência das espécies em diferentes cenários.
“Investigamos o que cada uma das espécies precisa para germinar e quais são seus limites de tolerância da semente às condições ambientais. Em geral é analisado o tipo de solo, encharcamento, regime de chuva, temperatura, iluminação, polinizador e dispersor”, explicou a pesquisadora.
“Flora das RPPNs Cristalino” é desenvolvido pela Fundação Ecológica Cristalino – FEC em parceria com a UFMT e UNEMAT.
Coordenação de Comunicação da FEC
Texto: Josana Salles
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