Projeto “Flora das RPPNs Cristalino” se alia a ciência cidadã através da plataforma INaturalist

As inovações tecnológicas têm contribuído cada vez mais com o avanço do nosso conhecimento sobre a biodiversidade e a conexão entre as pessoas e a própria natureza. Uma destas ferramentas atuais é o aplicativo iNaturalist que agora está integrado ao projeto Flora das RPPNs Cristalino, desenvolvido pela Fundação Ecológica Cristalino, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e a Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT).

Já foram registradas por pessoas comuns e inseridas no aplicativo 334 espécies de plantas das reservas naturais, com fotos e coordenadas geográficas.

A planta Cacauí (Theobroma speciosum), simbolo co projeto

iNaturalist é um aplicativo baseado no compartilhamento e mapeamento de observações de animais e plantas de todo o mundo. Ele abrange o conceito de rede social, conectando desde biólogos, cientistas, naturalistas e cidadãos, que podem interagir e auxiliar na identificação dos animais e plantas, fornecendo informações valiosas da ocorrência destas espécies. É uma comunidade de mais de um milhão de cientistas e naturalistas que ajudam a aprender mais sobre a natureza.

Os usuários de iNaturalist auxiliam na identificação das plantas e animais ao seu redor na sua região. No caso do projeto “Flora das RPPNs Cristalino” lançado em setembro de 2023, os registros poderão ser feitos pelos turistas que visitam as RPPNs Cristalino e o Cristalino Lodge, guias, pesquisadores e pessoas que trabalham no empreendimento de ecoturismo.

Para participar do Projeto Flora das RPPNs Cristalino, basta baixar o app iNaturalist, que é gratuito, registrar a planta (com flor ou fruto), marcar a localidade (Cristalino Lodge) e pronto, o seu registro já fará parte da pesquisa científica e você contribuirá com novas descobertas!!!

Conecte-se.

 

Texto: Josana Salles – Coordenação de Comunicação da FEC

imprensa@fundacaocristalino.org

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Os benefícios da criação de reservas naturais em áreas privadas é tema de palestra no dia 31/10 no Simenorte

O propósito da criação de uma Reserva Particular de Patrimônio Natural – RPPN e seus benefícios para o empreendedorismo rural será tema da palestra “RPPN – Um Modelo de Unidade de Conservação Compatível com as Propriedades Rurais na Amazônia”, a ser ministrada pelo administrador de empresas Laércio Machado de Souza. O evento acontece no dia 31 de outubro no Simenorte, Alta Floresta.

Durante a palestra, Laercio fará uma apresentação das vantagens, benefícios, critérios, atividades que podem ser desenvolvidas e incentivos para os produtores rurais. Os participantes saberão como ocorre a tramitação do processo de criação bem como a documentação necessária.

Laercio foi consultor da Jataí Capital e Conservação e é especialista em RPPN. Atuou como presidente do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera do Pantanal /UNESCO e lidera a criação da Rede Brasileira de Reservas Naturais. Formou-se em Administração de Empresas pela Universidade Paulista – UNIP.

RPPN é a única categoria de Unidade de Conservação (UC) onde a criação se dá por um ato voluntário do proprietário(a) da área natural. São reconhecidas como uma das maiores iniciativas de conservação voluntária de áreas naturais particulares em todo o mundo.

Juntas, as mais de 1.700 reservas existentes conservam de forma 100% voluntária mais de 800 mil hectares de áreas naturais no Brasil.

Além de conservar belezas cênicas e ambientes históricos, as RPPNs assumem, cada vez mais, objetivos de proteção de recursos hídricos, manejo de recursos naturais, desenvolvimento de pesquisas científicas, manutenção de equilíbrios climáticos ecológicos, entre vários outros serviços ambientais.

O Evento é promovido pela Prefeitura Municipal de Alta Floresta, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e os parceiros: Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Inovação e Desenvolvimento Econômico, Secretaria de Estado de Meio Ambiente(SEMA), Fundação Ecológica Cristalino (FEC), Instituto Centro de Vida (ICV), Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (IBAMA), Instituto Chico Mendes (ICMBio), Instituto Federal de Educação (IFMT), Fundação Servir, Simenorte, Sindicato Rural de Alta Floresta, Fazenda Anacã e Conselho Municipal de Turismo (COMTUR) e Conselho Municipal de Meio Ambiente.

SERVIÇO:

Dia: 31/10 – terça-feira

Horário: 14 horas

Local: Simenorte – Av. Uniflor, 120

Texto: Josana Salles – Coordenadoria de Comunicação da FEC

imprensa@cristalinolodge.org.br

Alta Floresta anuncia aliança entre instituições para solucionar os atropelamentos de animais silvestres

As fragilidades do sistema viário para dar passagem segura a fauna silvestre urbana de Alta Floresta fora discutida por entidades e sociedade na noite do dia 26/10, no auditório do Museu Natural. Foram apresentados vários casos no Brasil sobre atropelamentos de animais silvestres e diversas soluções para criar um sistema de passagem viária adaptado para a fauna.

Foto: vereadora Ilmarli Teixeira

Com o auditório lotado, na maioria de estudantes de Biologia da UNEMAT, foram ministradas duas palestras. O professor da UNEMAT, Mahal Massavi Evangelista apresentou dados sobre a mortandade de animais silvestres nas principais vias de acesso de Alta Floresta.  Mahal avalia que a cidade precisa de uma política de crescimento e considerar a raridade da fauna local. “Isso não é um problema, temos privilégio de viver num lugar como esse”.

Prof. da UNEMAT ,Mahal Massavi

A bióloga Fernanda Abra, mestre em Ecologia de Ecossistemas Terrestres e Doutora em Ecologia aplicada pela USP foi a segunda palestrante do evento.  Após uma visita técnica em 18 pontos do tráfego urbano de Alta Floresta onde ocorrem mais atropelamentos de fauna, Abra se emocionou ao contar de ter visto tantos animais pela cidade.

“Vocês moram num lugar incrível, um caso raro no cotidiano urbano na Amazônia”, disse Fernanda. A bióloga demonstrou que Alta Floresta possui 8 espécies de primatas em sua área urbana, 5 fazem parte da categoria de animais extremamente ameaçados. “Se os atropelamentos e outras ameaças não forem contidas em cinco anos essas espécies não vão mais existir aqui”, alertou.

Especialista em soluções para passagens de animais silvestres, Fernanda Abra

De forma voluntária, Fernanda Abra entregará um diagnóstico e um plano de ação com soluções a todos os participantes do movimento em prol de soluções para os atropelamentos da fauna silvestre urbana de Alta Floresta.

Participam as seguintes instituições:  7ª Companhia Independente Bombeiros Militar – 7ª CIBM – Alta Floresta, Diretoria Regional de Alta Floresta – SEMA/MT, Unidade Técnica do IBAMA de Alta Floresta, Aeroporto de Alta Floresta/COA, UFMT – Campus Sinop, Instituto Ecótono, UNEMAT/AFL, Via Brasil, Fazenda Anacã, Vereadora Ilmarli Teixeira, Defensoria Pública e o Conselho Municipal de Meio Ambiente – COMDEMA.

 

 

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Texto: Josana Salles – Coordenação de Comunicação

Contato: imprensa@fundacaocristalino.org

65-99966-3681

 

 

 

 

Entidades mobilizam população sobre atropelamentos da fauna silvestre de Alta Floresta

Mesmo depois de décadas de colonização, a cidade de Alta Floresta, situada na Amazônia Legal ainda possui muitos fragmentos de mata amazônica na zona urbana e rural. As áreas verdes ainda abrigam grande número de espécies da fauna, muitas delas endêmicas. No entanto, a cidade tem enfrentado um problema diário em suas vias públicas e estradas vicinais: o atropelamento de animais silvestres.

macaco-aranha-de-cara-preta – Fotos: Luciana Reginal Egewarth

Os registros aumentam a cada dia, não só de atropelamentos como também de animais perambulando pelas ruas. Os choques entre animais e carros se intensificaram nos últimos anos. Conforme dados do Corpo de Bombeiros de Alta Floresta, todos os dias são feitos resgates de animais pela cidade. A Prefeitura de Alta Floresta em parceria com a Unemat, Fundação Ecológica Cristalino – FEC, Sema e Ibama identificaram 13 pontos críticos nas vias públicas onde ocorrem maior incidência dos atropelamentos.

Entre as vítimas do trânsito está o zogue-zogue-de-alta-floresta (Plecturocebus grovesi) espécie recentemente descrita pela ciência e entre os 25 primatas mais ameaçados do mundo, conforme a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Outros animais, alguns ameaçados de extinção estão entre as vítimas dos atropelamentos: macaco-aranha-de-cara-preta, anta, gavião-real, araras, bicho-preguiça, capivaras, cutia, cobras, onça-pintada, onça-parda, macaco-prego, sagui.

zogue-zogue-de-alta-floresta (Plecturocebus grovesi) -espécie de primata que está na lista das 25 espécies mais ameaçadas do mundo

O Laboratório de Zoologia e da Coleção Zoológica da UNEMAT – Campus Alta Floresta que recebe voluntariamente doações de carcaças de animais que tenham morrido em acidentes no perímetro urbano aponta que entre os meses de março de 2022 a setembro de 2023, foram doados ao laboratório 65 animais silvestres atropelados. As carcaças são utilizadas em atividades didáticas de ensino, pesquisa e extensão. Entre os meses de março de 2022 a setembro de 2023, foram doados ao laboratório 65 animais silvestres atropelados.

Preocupados com essa realidade instituições públicas e não-governamentais se uniram com o propósito de encontrar soluções para reduzir os acidentes. No próximo dia 25 de outubro, a Prefeitura Municipal de Alta Floresta, a Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) e a Fundação Ecológica Cristalino (FEC) e parceiros realizam evento aberto à comunidade no Museu de História Natural de Alta Floresta às 19 horas.

A Fundação Ecológica Cristalino – FEC convidou a bióloga Fernanda Abra, Mestre em Ecologia de Ecossistemas Terrestres e Doutora em Ecologia aplicada pela USP e pesquisadora posdoc associada ao Centro de Conservação e Sustentabilidade do Smithsonian em Washington DC, Estados Unidos para apresentar soluções para evitar os atropelamentos.

Durante sua palestra “Atropelamentos da Fauna Silvestre de Alta Floresta” a bióloga apresentará dados sobre os graves acidentes nas estradas envolvendo motoristas e animais da fauna silvestre e medidas mitigadoras implantadas em vários lugares do Brasil. “A prevenção de colisões com a fauna é uma forma de proteger animais e pessoas. O trânsito e as estradas precisam ser seguras para todos”, alerta.

“Com certeza podemos dizer que o atropelamento de animais silvestres é a principal causa de perda crônica de fauna no Brasil, junto com a caça ilegal e o tráfico de animais”, diz Fernanda Abra, vencedora do Prêmio Future for Nature Awards 2019, um dos mais importantes do mundo para iniciativas voltadas à proteção de animais silvestres.

Fernanda Abra, Mestre em Ecologia de Ecossistemas Terrestres e Doutora em Ecologia aplicada pela USP

Abra explica que essa retirada em grande quantidade de animais da natureza tem impacto ainda maior em espécies em risco de extinção, de reprodução lenta – que não aguentam fortes pressões do meio externo – e aquelas consideradas topo de cadeia, das quais muitas outras dependem para sobreviver.

Entidades se unem para encontrar soluções

Entidades se mobilizam para encontrar soluções

O grupo criado para discutir os problemas em relação a fauna silvestre de Alta Floresta e soluções é uma iniciativa colaborativa entre diferentes instituições, tais como:  7ª Companhia Independente Bombeiros Militar – 7ª CIBM – Alta Floresta, Diretoria Regional de Alta Floresta – SEMA/MT, Unidade Técnica do IBAMA de Alta Floresta, Aeroporto de Alta Floresta/COA, UFMT – Campus Sinop, Instituto Ecótono, UNEMAT/AFL, Via Brasil, Fazenda Anacã e vereadora Ilmarli Teixeira, Conselho Municipal de Meio Ambiente – COMDEMA e Defensoria Pública.

Texto: Josana Salles – Coordenação de Comunicação da FEC

FEC participa de evento do grupo de trabalho do PAN das Aves Amazônicas em Carajás

 

A Fundação Ecológica Cristalino – FEC é uma das instituições que participam da elaboração do Plano de Ação Nacional para Conservação das Aves da Amazônia. Intitulado PAN Aves da Amazônia tem o objetivo de melhorar as condições de conservação das espécies de aves amazônicas em cinco anos. Este ciclo do PAN Aves da Amazônia contempla 74 táxons nacionalmente ameaçados de extinção.  O evento acontece na Floresta Nacional de Carajás, no estado do Pará.

Evento acorre na Floresta N. de Carajás (PA)

Das 74 espécies de aves da Amazônia nacionalmente ameaçadas de extinção e contempladas no 2º Ciclo do Plano de Ação Nacional para a Conservação das Aves da Amazônia 25 são encontradas nas Reservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPNs Cristalino, no norte de Mato Grosso.

O PAN Aves da Amazônia é coordenado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio e possui diversos parceiros, entre eles a Fundação Ecológica Cristalino. A FEC participou da Oficina de Elaboração do PAN em julho de 2022 e é articuladora de três ações. Participa também do Grupo de Assessoria Técnica – GAT que está elaborando e monitorando as metas e indicadores ao longo dos próximos cinco anos.

As Reservas Particulares de Patrimônio Natural – RPPNs Cristalino e o Parque Estadual Cristalino possuem a maior diversidade de espécies de aves de toda a Amazônia brasileira, mais de 600 espécies, quase um terço do total de espécies de aves do Brasil.

gavião-real(Harpia harpyja – Rafael Ferraz

Desse total, 25 estão na lista oficial de aves ameaçadas de extinção. Entre elas, o gavião-real (Harpia harpyja) e a mãe-de-taoca-de-cara-branca (Rhegmatorhina gymnops).

A região é habitada por pássaros dificilmente vistos, incluindo espécies restritas à zona geográfica dos Rios Tapajós, Madeira e Xingu. Dentre algumas aves de destaque, pode-se citar espécies presentes em bambuzais como a Freirinha-de-coroa-castanha (Nonnula ruficapilla), Chororó-de-manu (Cercomacra manu), Puruchém (Synallaxis cherriei), Limpa-folha-de-bico-virado (Syndactyla ucayalae / Simoxenops ucayalae), Barranqueiro-de-topete (Anabazenops dorsalis), Choquinha-ornada (Epinecrophylla ornata) e Polícia-do-mato (Granatellus pelzelni).

Quer saber mais sobre as aves da região do Cristalino?

https://cristalinolodge.com.br/pt/southern-amazon/avifauna

Coordenadoria de Comunicação

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@fundacaoecologicacristalino