FEC realiza capacitação para monitores do projeto “Um Dia na Floresta”

FEC realiza capacitação para monitores do projeto “Um Dia na Floresta”

A Fundação Ecológica Cristalino – FEC capacitou 20 monitores que farão parte da execução do projeto “Um Dia Na Floresta” em 2023.  O curso permite a troca de experiências e formação aos monitores, por meio das atividades do projeto e sua filosofia. Os inscritos tiveram oportunidade de conhecer de perto a Fundação Ecológica Cristalino, localizada na reserva Surucuá, uma área de floresta nativa amazônica, dentro do município de Alta Floresta.

“Um Dia a Floresta” é um projeto realizado pela FEC e executado por meio de oficinas e tem por objetivo envolver as crianças no cuidado com a biodiversidade. Há 15 anos, a fundação recebe uma vez por semana, em média 30 crianças na faixa etária de 07 a 10 anos. As oficinas têm um dia de duração e são realizadas nas trilhas da reseva Surucuá e na sede da FEC.

As crianças realizam caminhadas, observação da fauna e da flora, atividades artísticas e dinâmicas de grupo em plena floresta. Tais atividades, além de divertir, despertam a curiosidade, um novo olhar e uma nova conexão com a floresta, um ambiente ao mesmo tempo, tão próximo e tão distante.

“O Projeto Um Dia na Floresta proporciona experiências incríveis em plena floresta amazônica para as crianças da região, onde além de se conectar com a floresta elas também aprendem sobre a biodiversidade local.”, explica a coordenadora de Educação Ambiental da FEC, Mariana dos Santos da Silva, que há 10 anos desenvolve o projeto “Um Dia na Floresta”. Mariana é formada em Licenciatura Plena em Ciências Biológicas com pós-graduação em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável.

O projeto já realizou duzentas e dez (210) oficinas e atendeu de 2008 até 2022, trinta (30) escolas do município de Alta Floresta e região, entorno de cinco mil, quatrocentos e setenta (5.470) crianças destas instituições e noventa (90) professores. Além disso, teve a participação como monitores cento e oitenta e oito (188) voluntários, sendo em sua maioria acadêmicos da Universidade do Estado de Mato Grosso- UNEMAT.

Texto: Josana Salles Abucarma

Dia Internacional das Florestas

 Dia Internacional das Florestas
A diversidade biológica e a segurança climática nas florestas do Cristalino

Em 2023, o Dia Internacional das Florestas, comemorado no dia 21 de março, o Brasil busca soluções para garantir a conservação da Amazônia, essencial para a segurança do clima global. Suas florestas armazenam 25% de toda a biomassa florestal da Terra e possuem o maior estoque de carbono de todas as emissões histórias de fonte fóssil dos Estados Unidos. Uma das estratégias de conservação das florestas mais significativas no Brasil é a criação de Reservas Particulares de Patrimônio Natural – RPPNs, incorporadas ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). Na Amazônia mato-grossense, as quatro RPPNs Cristalino, situadas no município de Alta Floresta, surgiram a partir da década de 90 e juntas totalizam mais de 7 mil hectares em uma região de prioridade extremamente alta para a conservação da Amazônia mato-grossense.

As RPPNs Cristalino são destinadas para fins de pesquisa, educação ambiental e visitação controlada. São regidas pela Fundação Ecológica Cristalino (FEC), situada no município de Alta Floresta. No entorno das reservas, outras terras estão sendo protegidas pelos proprietários, são elas: Ilha Ariosto com 536 hectares de mata nativa no Rio Teles Pires e a Fazenda Cristalino com 3.701 hectares, totalizando assim, cerca de 11.400 hectares de florestas protegidas.

Nos últimos 20 anos, A FEC realizou parcerias com inúmeras instituições de pesquisa e universidades brasileiras que realizaram mais de 40 estudos científicos sobre a fauna, flora e clima nas reservas naturais “É uma área pequena se compararmos com as proporções continentais deste rico Bioma. Porém, estão localizadas em uma região que mais sofre com o desmatamento decorrente do avanço da fronteira agrícola. A FEC desenvolve, apoia e incentiva a realização de pesquisas científicas nas RPPNs Cristalino, visando aumentar o conhecimento desta região, visando a conservação e preservação da sua biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos que a floresta fornece”, ressalta Lucas Eduardo Araújo Silva, biólogo, Doutor em Zoologia e coordenador da FEC.

Vista do alto da torre das RPPNs Cristalino. Foto: Samuel Melin

A bióloga e Doutora em Aquicultura, professora de Ecologia da Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT, Solange Arrolho é uma das pesquisadoras que atua nas RPPNs Cristalino em parceria com a Fundação Ecológica Cristalino. Ela explica que a região do Parque Estadual Cristalino protege 1% das espécies ameaçadas de extinção no Brasil e 0,15% das espécies ameaçadas globalmente (GBIF.org, 2023). “Mas o que isso significa? Quando se fala em Amazônia, a primeira imagem que vem na memória se refere à presença de grandes florestas e grandes rios, povoados por uma enorme diversidade de espécies, muitas das quais ainda desconhecidas pela ciência. Temos que pensar que essa região tem importância econômica, ecológica e social de grande relevância para a nossa e futuras gerações. Portanto, conservá-la é demonstrar que usamos nossa preocupação com o outro”.

A região das RPPNs e do Parque Estadual Cristalino é um reduto de espécies ameaçadas, tais como a castanheira (Bertholletia excelsa), a onça-pintada (Panthera onca), o tracajá (Podocnemis unifilis) e o jacamim-de-costas-marrons (Psophia dextralis), além de ser lar para mais de sete espécies de primatas, incluindo o endêmico e ameaçado macaco-de-cara-branca (Ateles marginatus), espécie -símbolo do Parque Estadual Cristalino. Outros habitantes da floresta incluem o tatu-canastra (Priodontes maximus), a ariranha (Pteronura brasiliensis), diferentes espécies de sapos e serpentes e mais de mil espécies de borboletas. Quase um terço de todas as aves brasileiras, de um total de 1971 espécies – incluindo o gavião-real (Harpia harpyja), uirapurus, araras, papagaios e tucanos – podem ser observados dentro e nos arredores da reserva.

macaco-de-cara-branca (Ateles marginatus). Foto: Marcos Amend

As RPPNs possuem rígidas normas a respeito do uso da área e zoneamento e proíbe atividades  como mineração, desmatamento e caça e pesca predatória. É permitida a prática de turismo responsável com facilidades turísticas de mínimo impacto, como torres de observação, mirantes e trilhas.

As RPPNs Cristalino

Em 1990, o Floresta Amazônica Hotel (FAH) adquiriu uma área de 700 hectares na margem direita do Rio Cristalino, criando ali alguns anos mais tarde a primeira unidade de conservação privada da Amazônia mato-grossense. A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Cristalino tem 670 hectares, sendo que os demais 30 hectares foram destinados para o empreendimento de ecoturismo Cristalino Lodge que apoia a conservação da área.

Com o intuito de criar um modelo de economia sustentável embasado no ecoturismo e geração de empregos e renda para a comunidade de Alta Floresta e região, foi criado o Hotel de selva Cristalino Lodge que, em parceria com a FEC desenvolveu um modelo de cooperação no qual o ecoturismo gera recursos para a manutenção das RPPNs e para a elaboração de pesquisas científicas e projetos de educação ambiental.

Texto: Josana Salles Abucarma

A FUNDAÇÃO ECOLÓGICA CRISTALINO FIRMA MAIS UMA PARCERIA DE SUCESSO!!!

A VIDA IMITA A ARTE E A ARTE AJUDA A VIDA!!

Nós da Fundação Ecológica Cristalino – FEC, estamos muito felizes com mais uma parceria de sucesso. Temos o prazer de apresentar o trabalho do Luigi Di Mauro, que a partir de agora nos ajuda em nossos projetos.

Tela: “Protegendo das queimadas”

Luigi Di Mauro é artista brasileiro e designer gráfico. Produz trabalhos figurativos e abstratos, geralmente em tela, onde as cores dominam o visual. Nos figurativos, busca na simplicidade dos traços retratar o comportamento contemporâneo e ações de preservação; enquanto nos abstratos, tenta exprimir conexões entre as cores com formas orgânicas.

Com aumento de visibilidade internacional, iniciou um trabalho voltado para destacar a importância do meio ambiente, produzindo peças com temática de preservação da natureza, principalmente da floresta Amazônica. Buscando auxiliar ações de preservação e conservação, e diante da seriedade dos projetos desenvolvidos pela FEC (CLIQUE CONHEÇA NOSSOS PROJETOS), nos escolheu para receber parte dos valores das vendas de suas obras.

Sim, agora você pode colaborar com nossos projetos ao adquirir uma das lindas obras de arte do Luigi Di Mauro, participe CLIQUE AQUI e conheça os trabalhos do Luigi.